UBS do Jardim dos Reis realiza roda de conversa sobre violência contra a mulher

Mulheres e homens que aguardavam atendimento na sala de espera da unidade participaram do bate-papo

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Marcelo Goes de Souza, no Jardim dos Reis, organizou na última sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma roda de conversa sobre violência contra a mulher. O médico da unidade, Dr. Rodrigo Neves, encabeçou o bate-papo, que teve como público, não só mulheres, mas também os homens que estavam na sala de espera da UBS.

O médico iniciou sua fala abordando os aspectos da violência contra a mulher, que geralmente, são associados somente a casos de agressão física, que deixa marcas visíveis. “Mas existem outros tipos de violência tão graves quanto a física, que atingem centenas de mulheres e que ferem a autoestima e a dignidade de muitas delas e que vocês, homens e mulheres, precisam conhecer e combater e/ou denunciar”, explicou Dr. Rodrigo.

A Lei Maria da Penha tipifica as formas de violência contra a mulher e prevê cinco tipos de violência doméstica:

Física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, por exemplo, lesões com objetos cortantes, sufocamento, atirar objetos, ferimentos causados por arma de fogo, espancamento, entre outros;

Psicológica: quando é causado dano emocional e diminuição da autoestima; prejudicando e/ou perturbando o pleno desenvolvimento da mulher; ou conduta que visa degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, como ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insultos, chantagens, entre outros;

Moral: é considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria, como acusar a mulher de traição, emitir juízos morais sobre sua conduta, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole ou desvalorizar a mulher pelo modo de se vestir;

Sexual: qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Por exemplo: estupro, impedir o uso de métodos contraceptivos, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto, entre outros;

Patrimonial: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

“A partir do momento que existe a negativa por parte da mulher, ou seja, que mulher disser ‘não’, qualquer ato sexual praticado depois disso é estupro, mesmo que seja cometido pelo seu marido, namorado ou companheiro”, declarou o médico da UBS;

Encerrando a roda de conversa, Dr. Rodrigo, colocou todo o atendimento da unidade do Jardim dos Reis à disposição das mulheres para atendimento de denúncias ou quaisquer dúvidas que elas tenham sobre violência doméstica.

Texto e foto: Luana Nascimento com informações do Instituto Maria da Penha


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