Celebrando 19 anos de inauguração, Cerest realiza workshop pelo Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalhador
O evento reuniu dezenas de servidores da Prefeitura para debaterem saúde mental e a importância do Complexo Hospitalar do Juquery para Franco da Rocha
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) está comemorando 19 anos. Para celebrar o trabalho desenvolvido pela unidade e o Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalhador, que acontece neste mês, a Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, realizou nesta quinta-feira (25), na Câmara Municipal, o “VI Workshop Cerest” com o tema “Insanos, nós”, que discutiu a saúde mental, tema profundamente ligado a história de Franco da Rocha.
O Cerest presta assistência especializada aos trabalhadores acometidos por doenças e/ou agravos relacionados ao trabalho; realiza promoção, proteção, recuperação da saúde dos trabalhadores e investiga as condições do ambiente de trabalho.
Participaram do workshop, a secretária de Saúde Thais Rivera; o secretário Executivo do Gabinete, Brandino Celeguim; a coordenadora do Cerest Glaucia Noçais; a psicóloga Elaina Santos; o palestrante, jornalista e escritor Jorge Ramos, além dos vereadores municipais e servidores da Prefeitura de Franco da Rocha e de cidades vizinhas.
No encontro, as questões da saúde mental foram abordadas a partir da realidade do município de Franco da Rocha e, para falar sobre o assunto, Jorge Ramos apresentou seu livro “Por Trás dos Muros da Insanidade” que narra relatos de ex-pacientes e funcionários do Hospital Psiquiátrico do Juquery.
Tania Bonvicini, Antônio Satílio e Walter Farias contam no livro suas experiências vivenciadas no hospital psiquiátrico como ex-funcionária que atuou na área da laborterapia, ex-paciente que vive até hoje em uma Residência Terapêutica da cidade e ex-funcionário que se tornou paciente após discordar dos métodos de tratamento utilizados no antigo manicômio judiciário.
“Todo franco-rochense tem uma ligação com o Juquery, todos ouviam histórias sobrenaturais sobre o local, e a minha primeira ligação com o hospital ocorreu aos dez anos, ao ouvir as histórias contadas pela minha família. Depois, como estudante de jornalismo, surgiu a ideia de escrever um livro-reportagem com histórias reais vividas dos dois lados, de quem trabalhou no local e de quem foi paciente do hospital”, explicou.
“Com isso, fui descobrindo a ligação da cidade com a saúde mental, e principalmente, a importância da luta dos trabalhadores da saúde em busca de tratamentos humanizados para os pacientes, e o trabalho fundamental de equipamentos como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Cerest”, completou o jornalista.
Ao final da palestra, a plateia foi convidada a debater sobre a temática do Juquery e participou de um sorteio do livro “Por Trás dos Muros da Insanidade”.
Texto: Luana Nascimento – Foto: Orlando Junior
